Há certas coisas, que por belas que são,
Sentidas de tal forma pelo coração,
Ocultam-se, introvertem-se,
De uma forma incompreendida pelo pensamento.
Quem dera poder dizer a mim mesma
A razão de uma paixão ou afecto
Sem papel ou algo em concreto...
Dizer que "eu amo alguém"
E não surgirem questões
Ou interrogações que me deixam louca, e me fazem pensar...
Afinal, merecerá a insignificância escondida lá dentro da cabeça,
Uma justificação vinda de um lugar tão divino e profundo?
De uma coisa tenho certeza:
As questões atordoam-me e não as sei parar,
Julgo-me e torno a julgar,
Pago pelo que nem devia pagar.
Oh, triste conclusão!
Não me vou deixar ficar,
Irei lutar pelo sítio maravilhoso que sente e não questiona,
Que ama e me proporciona
Algo extraordinariamente desigual.
4 comentários:
Mas de onde vem tal sabedoria?
Parar é deixar de crescer e julgar é crescer devagar. E a vida é assim mesmo, um mistério maravilhoso. Uns dias alegre, noutros triste.
Como diz o velho ditado "palavras leva-as o vento"; mas as tuas não!Pelo menos por agora; eu quero ouvi-las, senti-las e decifrá-las, para não cair no erro de não as entender ou enterder-te.
Um xi.
..."O sítio maravilhoso que sente e não questiona"...
sim...onde os sonhos são feitos de sonhar...
Do ir e voltar do mar...
Da viagem do imaginário...
Do sentido que damos às coisas...
Da importância de sermos e não sermos nós...
Do silêncio e o que fica do sonho...
A tua sabedoria da vida e o expressar dela, faz com que tenha sempre uma vontade enorme de voltar ao teu espaço...onde as palavras são realmente o reflexo do que se sente!!..
bjs
MC
este blog é muito interessante. Palavras bonitas. Tens um pensamento profundo, vale a pena investir nesse teu dom para quem vê o mundo sem cor. O mundo é um lugar cheio de cor para quem consegue ver mais além. Eu sou uma delas e tu também. Parabéns. Mandocas
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